Informativo: Carrapatos
Prezado (a) Associado (a),
Vimos por meio do presente comunicado relatar sobre a necessidade de cuidados ao percorrerem as áreas verdes do residencial.
Como de conhecimento dos associados, o loteamento “Residencial Villaggio Paradiso” possui grande diversidade de fauna silvestre, para tanto, há predisposição, devido as características do local, da existência de capivaras e outros animais, os quais servem-se de hospedeiros para carrapatos.
Salientamos ainda que a capivara é um animal silvestre, e como tal, é protegida por Lei Ambiental Federal, portanto, quaisquer atividades envolvendo este animal, requer autorização dos órgãos competentes.
Há anos a associação vem tratando sobre este assunto, a fim de alcançar uma medida eficaz e que atenda aos preceitos ambientais. Atualmente contamos com uma nova empresa (AZ NUNES & CIA) que está realizando diversas atividades a fim de conseguirmos autorização junto ao DEFAU (Departamento de Fauna – Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo).
É de extrema importância que o associado tome cuidado ao utilizar as áreas verdes do residencial, seja lagos, vias não pavimentadas, trilhas e outros. Recomendamos utilizar vestimentas claras, que protegem todo o corpo, a fim de facilitar a avaliação de carrapatos, a qual deverá ocorrer em pequenos períodos.
Isto porque, como esta área apresenta uma ecoepidemiologia favorável a transmissão da FMB, (presença de Amblyomma sculptum; capivaras) é classificada como ÁREA PREDISPOSTA (de acordo com a – Resolução Conjunta SMA/SES nº 01 de 1º de julho de 2016).
Aos associados que forem parasitados por carrapatos, sugerimos seguir as indicações para carrapatos fixos à pele, conforme relatado pela SUCEN (Superintendência de Controle de Endemias):
· Tomar banho quente utilizando bucha vegetal sempre que possível;
· Fazer uso de uma pinça, quando possível, procurando remover os carrapatos ou micuins com pequenas torções;
· Evitar provável contaminação, não espremer o carrapato com as unhas;
· Na tentativa de removê-los, não encostar objetos aquecidos como: fósforo, cigarro ou agulhas;
· Procurar o serviço médico caso tenha algum dos sintomas (febra alta, dor de cabeça, pode aparecer pontinhos avermelhados na palma das mãos e sola dos pés, dores no corpo, costas e barriga da perna) e lembrar aos profissionais de saúde, auxiliar, enfermeiro ou médico que foi parasitado por carrapato, isto pode facilitar o rápido diagnostico para FMB;
Algumas medidas vêm sendo tomadas pela associação:
· Distribuição de informativos impressos,
· Divulgação por meio de banners em locais próximos ao trânsito de capivaras,
· Envio constante de comunicados,
· Roçagem mensal das áreas verdes e lotes,
· Realização de manejo reprodutivo de animais que corroboram para a transmissão da FMB.
Em consulta junto a Prefeitura de Itatiba, especificamente à Zoonoses e Endemias-CCCZE, à época com Sr. Jair, solicitamos informações sobre a possibilidade de realizar um controle químico de carrapatos, sendo na aplicação de “carrapaticidas”. Abaixo, trazemos o parecer:
“A utilização de carrapaticidas no ambiente, principalmente próximos a corpos d’água, não costuma ser a alternativa mais indicada pelo risco de selecionar e proliferar os carrapatos resistentes, além do risco de contaminação do corpo d’água.
Sobre a legislação pertinente, costumamos observar nesses casos a Resolução Conjunta SMA/SUCEN 01/2016, que diz que:
Deve ser priorizado o uso de mecanismos físicos, em detrimento ao uso de carrapaticidas no ambiente, devido à baixa eficácia dos mesmos, aliada aos potenciais riscos de contaminação ambiental.
Além disso, ressalta-se que o uso de carrapaticidas para controle de capivaras também é citado no Manual de Vigilância Acarológica publicado pela SUCEN em 2002, que diz que:
Em áreas com casos confirmados de febre maculosa ou outra doença causada por carrapatos a humanos, com alta infestação de carrapatos onde a redução seja necessária de forma rápida e que, esgotadas todas as outras medidas de controle recomendadas ainda persista a infestação, após decisão conjunta entre os órgãos de controle envolvidos, uma vez que o monitoramento é indispensável, pode-se utilizar o controle químico no meio ambiente. Quando uma área de mata se apresenta com altas populações de A. cajennense, tendo apenas animais silvestres (antas e/ou capivaras) como os hospedeiros primários para o carrapato, tornam-se impraticáveis, tanto o controle químico nos animais, como a intervenção mecânica no ambiente. Nestes casos, em se tratando de uma área endêmica para febre maculosa, as atividades educacionais com a população deverão ser prioritárias, visando evitar ao máximo o acesso a esta área. Por outro lado, programas de controle populacional de vertebrados ou de animais de vida livre, especialmente capivaras, devem ser encarados como uma medida prioritária.
Quanto a legislação municipal, informa-se que o despejo de qualquer tipo de poluente no ambiente fere o art. 204 do Código de Posturas (Lei Municipal 3053/1998), a saber:
Art. 204 – Ficam proibidos o lançamento, a deposição e a liberação de poluentes nas águas, no ar ou no solo.”
Diante disso, ficamos impossibilitados na aplicação de defensivos químicos em todo o loteamento, a fim de impedir que sanções sejam aplicadas a esta Associação de Moradores.
Atenciosamente,
Diretoria da Associação dos Moradores do Villaggio Paradiso.